Terapia Criativa Transpessoal

CONCEITO TRANSPESSOAL


 

Aponta para a Transcendência Humana (da persona), numa perspectiva de SER Supra – Consciente, Espiritual, pressupondo:
 
1.1) Natureza holística, multidimensional e espiritual / transcendente do Ser;
1.2) Percepção do Ser livre e independente das limitações do Ego e do mundo manifesto / aparente;
1.3) Busca da Verdade (do Ser Íntimo) e das realidades profundas da Consciência / Espírito;
1.4) Interesse pela natureza científica dos fenómenos não-ordinários da Consciência e as conexões do Ser com os Mundos que o envolvem.

O “factor” transpessoal reconcilia a dimensão espiritual da experiência humana com a transcendência e com os fenómenos e experiências não-ordinários da consciência.

Mário Simões (Psiquiatra, Professor da Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa) explica o conceito Transpessoal como tudo o que se relaciona com a pessoa e o que vai além dela, reunindo práticas psicológicas e espirituais de modo a facilitar o acesso a um crescimento espiritual que pode ir até à directa percepção do divino (citado em Fonseca, 2010).

 

Os investigadores nas áreas do Transpessoal, da Consciência e da Espiritualidade afirmam que: as doenças e os acidentes são “declarações inconscientes” de questões ameaçadoras que o ego e a mente não estão preparados para resolver.
Parapsicologia clínica e terapia criativa transpessoal ao associarem sabedoria ancestral e novas descobertas científicas, fazem uma simbiose que se está a revelar salutar e valiosa para o entendimento da natureza e da capacidade de sobrevivência da consciência…à “morte” física. Neste aspecto, muito particular, a investigação liderada pelo insuspeito King´s College, de Londres, concluía, isso mesmo, há mais de 2 décadas, o que aprofundou com a exibição do documentário “The day when I died”.

No entanto, e apesar da natural evolução científica, as abordagens transpessoais / holísticas não são aceites pela Psicologia fundamental (conservadora), que teima em não valorizar a importância da inclusão da dimensão espiritual do indivíduo no processo de cura. É bom lembrar que a génese do “movimento” transpessoal é o interior da corrente Humanista da Psicologia donde emergiu o grupo de psicólogos, psiquiatras e profissionais de áreas diferenciadas, desagradados com os resultados pouco animadores de uma Psicoterapia que se conservava demasiado verbalizada e intelectualizada.

A Psicologia e a Terapia Transpessoal, e a Parapsicologia, introduzem a dimensão espiritual da natureza humana – e a intervenção da consciência nas causas profundas da disfunção emocional / ocorrência de doença – nas metodologias psicoterapêuticas. Contemplam vias novas, mas úteis, no que concerne à resolução dos conflitos intra e interpessoais associados a memórias traumáticas de conflitos vividos na adolescência, na infância ou… na fase pré-natal.

Sob os pontos de vista teórico e laboratorial, a investigação em Psicologia Transpessoal conclui que a Consciência transcende os territórios da Mente Subconsciente do indivíduo visível… enclausurado nos anseios da Persona e do Ego. Significa que, a perspectiva unidimensional e materialista – de pessoa e de mundo – é incompleta, dado que, tudo na Natureza é dual, tudo na Natureza se completa no seu oposto…e complementar. A realidade aparente – mundo material – resulta da conjugação de “forças invisíveis” (ocultas, misteriosas), do mundo sobrenatural/não-concreto.

Por quê!?
Porque, matéria e energia coexistem como potencial puro, havendo forte probabilidade de “prova” de que a vida é um continuum no qual a morte física corresponde à conclusão de um ciclo da eternidade evolutiva.

No meu exercício como terapeuta experimental, isto é revelado em absoluto, porque, Parapsicologia Clínica e Terapia Criativa Transpessoal perseguem a simbiose de níveis de realidade diferenciados, mas capazes de se intercomunicar e sensibilizar reciprocamente, de ocasionar a cura. Começam por eliminar os BLOQUEIOS ENERGÉTICOS e, consequentemente, é restabelecida a Auto-Regulação Emocional / reconciliação entre consciência, mente e corpo.
A Auto-Regulação Emocional progride na proporção em que são resolvidos os danos emocionais causados por memórias traumáticas / “reforços negativos”, na mente subconsciente.

A componente criativa /espiritual da Terapia Transpessoal facilita a participação, livre e responsável, do indivíduo, num processo de elevação da consciência e de regeneração/cura, que é exclusivamente seu.
A metodologia inspira elevação da consciência e a solução adequada para um conflito vivido, seja sob a forma de doença a ser curada, ou, através das opções que tomamos na Vida, o que, de outra maneira, mas acertadamente, designamos como Destino.

O que me causa respeito na Terapia Criativa é a acção do Espírito sobre o Ego e, mais, os recursos infalíveis que “disponibiliza” para que o indivíduo/paciente resolva conflitos emocionais, particularmente, memórias traumáticas originadas na infância e/ou adolescência.

Na verdade, é muito fácil traumatizar a autoestima de uma criança, com tentativas sucessivas de “formatação” intelectual. O “impacto psicológico” de traumas emocionais e medos decorrentes de um conflito emocional, consciente ou latente, permanece na mente subconsciente, motivando a ressonância adequada/disfunção de um padrão comportamental.
Temos assim que, pensamentos, sentimentos e comportamentos disfuncionais permanecem … até que seja arrancada, pela raiz, a ferida emocional/limpa a memória traumática e eliminado o fanatismo da mente consciente e do ego.

A dimensão criativa ajuda no realinhamento do destino e é indispensável para conduzir à experiência da realidade transcendente da espiritualidade.

Separadas por um abismo, começa a tornar-se essencial encontrar pontos de aproximação que possibilitam a construção de pontes de ligação entre áreas que sendo bastante diferenciadas, se complementam. A própria evolução da Ciência é o pilar fundador de comunicação com a Metafísica.

É que, no seio das terapêuticas convencionais, começa a emergir uma nova – holística – percepção de ORGANISMO HUMANO que excede as limitações materialistas.

Desde, Einstein, o Corpo Humano é percebido como
um conjunto de planos multidimensionais e interactivos de energias subtis.

Portanto, as terapias não-convencionais, especificamente as de raiz criativa e transpessoal estão a revelar-se benéficas para a solução de patologias que os procedimentos clássicos, por mais sofisticados que sejam, não conseguem resolver.
Por quê?
Porque, as causas fundamentais de uma patologia transpõem os domínios da compleição física. Logo, torna-se inevitável estudar, adequadamente, as metodologias complementares de cura, pois é com elas que melhor podemos aprender que somos, na essência, seres espirituais.

É natural que a Comunidade Científica se inquiete e relute com tais “insultos”, pois reconheço que o abanão na estrutura do edifício ortodoxo é forte, mas não ignoro que a validação experimental das energias subtis / criativas, bem como das vantagens da sua aplicabilidade, não é tarefa fácil.

Porém, é à própria ciência que compete desenvolver os meios, os instrumentos e os processos que permitam detectar, estudar as energias vibracionais, confirmar a sua existência e os benefícios da sua aplicação.

A “matéria” Metafísica e do “sobrenatural” sendo pertença do mundo não observável, não mensurável e não controlável, torna-se exponencialmente complexa, particularmente, porque os 5 sentidos não a conseguem apreender.

A boa notícia é que os especialistas crêem na possibilidade de vir a ser criado um aparelho que, semelhante ao tomógrafo computorizado, possa produzir imagens do(s) corpo(s) energético(s).

A Câmara Kirlian, terá sido um ensaio pioneiro!?

A experiência pessoal leva-me a perceber, e assegurar, que as energias das cores e dos sons conseguem produzir efeitos benéficos, basicamente, porque certas frequências ressoam em profundidade com determinados chacras. Se um diagnostico intuitivo indicar alterações na frequência normal de um chacra, isso significa disfunção sistémica, que exige que o chacra afectado seja reequilibrado… com “injecções” de fluxos energéticos que restabeleçam a saúde / estabilizem o sistema de órgãos doentes (Gerber, 1988).

A terapêutica criativa, porque percebe o estado do indivíduo como consequência do sincronismo entre Consciência e Biologia, faz uma abordagem evolutiva à doença e activa potencial humano, transcendente e regenerador, seja por meio de técnicas corporais ou de eliminação dos traumas “residentes” na memória celular.

Metodologias integradas que se propõem induzir “estados modificados de Consciência” que propiciem, gradualmente:

5.1) Compreensão da causa primordial de um transtorno emocional vivenciado no passado;
5.2) Transmutação das fronteiras do ego e da realidade aparente;
5.3) Percepção das causas e suas correlações com as realidades profundas da Mente e do Espírito;
5.4) Resolução duradora das origens de traumas adquiridos (*).

(*) – Uma terapia que suscite o conhecimento das causas de uma doença está a estimular a cura ou, outros efeitos benignos.

No final da década de 1960 – época dos movimentos de contracultura, mormente, a “New Age” – a Psicologia Transpessoal é reconhecida pela Psicologia formal dos EUA, e pelo Vaticano. Mas, contrariamente à noção vigente e algo distorcida de Transpessoal, a designação não é exclusividade da Psicologia.

O “movimento” TRANSPESSOAL aglutina a Psicologia de Jung, o Existencialismo/Humanismo e a Fenomenologia (influência da mística oriental, em Rogers) e foca-se, particularmente, na necessidade do desenvolvimento pessoal/espiritual do indivíduo. A incubadora do “movimento transpessoal” é Esalen – EUA, mas a trajectória histórica é longa e atribulada, pois foram adoptadas designações distintas, no seguimento dos revezes próprios de cruzamentos ideológicos – “ideais transpessoais” e “contracultura”. As experiências místicas próprias das tradições espirituais do oriente e do budismo tibetano, mais o recurso a substâncias alucinogénias e psicotrópicas para avaliar interferências nos estados modificados da consciência, foi uma barreira difícil de galgar.

Passados 50 anos, as “Psicotecnologias” são legado transpessoal que continua a inovar na solução da patologia psicossomática, das quais merecem referência:
a) Psicossíntese, de Assagioli;
b) Análise Jungiana, de Jung;
c) Respiração Holotrópica, de Grof;
d) Psicanálise do Sonho Acordado, de Désoille;
e) Formação Holística de Base, de Weil;
f) Constelações Familiares, de Hellinger;
g) Música Multidimensional. Os fundamentos da Psicologia Transpessoal que se enraízam na Física Quântica, religam Ciência e Espiritualidade.

A Nova Fisiologia aborda/avalia a doença sob o aspecto transgeracional, isto é, como metáfora das nossas necessidades afectivas herdadas, das nossas emoções e das nossas experiências de vida ou, como a solução biológica e simbólica do organismo para descodificar as mensagens subjacentes à doença.

É, de Christian Flèche (fundador da “Nova Fisiologia”) a conclusão: não é de novos medicamentos que as pessoas precisam, mas de acolherem novas atitudes mentais, capazes de levarem os seus cérebros a transmitir à química celular as ordens da Consciência (Obissier, 2003); (Lypton, 2007). Não são postos em questão os conhecimentos obtidos com os estudos de Anatomopatologia e Fisiologia, do Inconsciente ou Gestão Criativa de Crises. O que acabo por apreender é que estamos a ser tocados por “novas realidades” que, desde há muito, são apontadas. Max Plank (Nöbel da Física, 1918 e considerado “pai fundador” da Física Quântica) aconselhava, em 1900:

…na Física não há mais nada para descobrir (…) ou ( …) se os factos suplantam a teoria, então, agarre o facto e abandone a teoria.

Einstein, afirmava mais tarde que o melhor caminho para perceber o Universo não é a Ciência, mas a Intuição.

A ciência já não pode teimar em conduzir-se como uma religião que não descola do dogma, porquanto, numa era de investigação em que a internet, e os telescópios espaciais, se tornaram tão valiosos quanto as referências correntes, o “dogma científico” perde a razão. Na realidade, a internet e o trabalho dos novos investigadores fornecem, às populações, informação suficiente sobre temas para os quais a ciência… tem as explicações convenientes… porque falta-lhe o saber em assuntos da espiritualidade. Identicamente, a religião não detém aptidões para explicar a física e a química.

Extasia-me (moderadamente) o sentimento inabalável de que, no abstracto e no concreto, pairam sinais de uma energética evolutiva que torna mais brilhante e coerente a luz que incide sobre questões essenciais da natureza humana que, têm permanecido na penumbra da compreensão/bloqueado os fluxos benignos de progresso humano.

A abertura científica contribui para um Conhecimento mais abrangente e, assim, tornar as condições de cura, económicas e animadoras, porque, se a doença for prevenida, em vez de tratada, daí resultarão benefícios inestimáveis para a Vida de indivíduos e sociedades. A saúde do indivíduo depende da saúde da sociedade e a saúde da sociedade depende da saúde do pensamento dominante nessa sociedade (Fontana, 2002). Segundo a “Psiconeuroimunologia”, a convivência saudável e o humor são factores determinantes para a integridade do Sistema Imunitário e do Corpo.